quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pai, Pai e filho.

Já faz tempo que assisti a este vídeo postado no YOU TUBE. Minha opinião não refletiria com propriedade e profundidade que o fato merece tudo o que penso a respeito, o que gostaria de falar a respeito de crianças abandonadas e adotadas por duas pessoas do mesmo sexo, mesmo que esta adoção não seja legal.
Minha intenção em colocar este link para o vídeo aqui é o de sensibilizar as pessoas para um fato alarmante. O Brasil tem um enorme número de crianças sem lar, sem pai, mãe, mãe com um pai, mãe e outra mãe ou, pai com outro pai.
A lista de espera para quem quer adotar é enorme, tanto de um lado quanto de outro. E, enquanto isso, as crianças se tornam pré-adolescentes sem amor e carinho, adolescentes com baixa auto-estima, ou um adulto jogado a própria sorte.
Com criança, pré-adolescente ou adolescente não se brinca. Estes seres humanos, abandonados ou porque perderam seus pais e mães biológicas é gente, são pessoas, que merecem as mesmas chances que as demais. Merece cidadania, amor, carinho, afeto, saúde, educação, alimento, referenciais, exemplos cotidianos de viver a diversidade.
Há que diga que pares de iguais não podem dar estas referências. De onde tiraram tamanha asneira? Há homens e mulheres na vida e estes filhos e filhas da vida vão se basear na construção de seu cotidiano, na construção de sua cultura no somatório de suas vivências impregnadas de valores, de morais de éticas criadas pelos adultos. Os referenciais vêm da rua.
Realmente, estou farto de tanta hipocrisia, de tanta burocracia e de tanta política em nome do querer somente o bem-estar da criança, nada mais. Mas, quando esta burocracia leva 5, 10, 15 , 20 anos, não estamos mais falando da criança enquanto ser, mas enquanto objeto a ser negociado baseado em valores ultrapassados, que não condizem mais com nosso tempo.
Óbvio que todos nós queremos a felicidade destas crianças. Mas são melhores 10 crianças adotadas por pares de iguais do que ver a pedofilia praticada pelo pai natural heterossexual.

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